segunda-feira, outubro 29, 2007

O prefeito pisou nas nossas flores e matou nosso cão

O comércio de Sao Paulo, que é responsável por quase 40% dos estabelecimentos e 20% dos empregos formais da cidade, está impedido de utilizar a publicidade para anunciar seus produtos e ofertas. Primeiro a Prefeitura impôs grandes restriçoes aos letreiros e indicativos das fachadas. Estabelecimentos com quase 100 metros de frente só podem utilizar 4 m2 de suas fachadas para colocar seu nome. Localizar lojas na cidade tornou-se um desafio. Se você nao é um cliente habitual, prepare-se para dar muitas voltas até encontrar a loja que está procurando. Imagine - na marginal Tietê, uma via expressa com mais de 60m de largura em alguns pontos, onde as lojas têm um afastamento de até 30 metros da via, você precisa achar um letreiro de 2m de comprimento.

O recurso de colocar uma placa indicativa - Shopping XXX, próxima saída - ou mesmo a clássica faixa 'Sob nova direçao' foi proibido pela mesma lei, que eliminou a publicidade exterior na cidade. Além de nao poderem indicar a localizaçao de seus negócios, ou usar o terreno de suas próprias lojas para se promoverem, os comerciantes também nao podem anunciar seus produtos, serviços e ofertas em espaços privados de outras pessoas. Depois, o prefeito interferiu nas vitrines. Os comerciantes estao proibidos de anunciar promoçoes, ofertas e descontos dentro de suas lojas que sejam visíveis das ruas. Nao podem botar fotos dos produtos que vendem em suas vitrines e fachadas. Se você vende perfumes, só pode botar aqueles frasquinhos mínimos. Se você vende piscinas, tem que botar a piscina na vitrine. Nada de fotos.

Os teatros, cinemas e outras atividades culturais, que têm uma programaçao que muda frequentemente, nao podem anunciar suas atraçoes nas fachadas ou vitrines. Com certeza o prefeito também acha que o setor cultural nao precisa disso. Agora o prefeito proibiu a distribuiçao de qualquer tipo de folhetos, panfletos e qualquer outro tipo de material que contenha publicidade. E ainda limitou a quantidade de publicidade que os jornais gratuitos de cidade podem ter. Nao importa se esta quantidade é suficiente para a sobrevivência destes jornais ou nao. Nunca uma prefeitura havia determinado ou limitado a quantidade de páginas publicitárias de um veículo de comunicaçao. Mas, afinal, o prefeito de Sao Paulo é um inovador.

Hoje em dia, se você abre uma loja em Sao Paulo, nao pode anunciar na sua fachada, na sua vitrine, na sua rua, no seu bairro. Só pode utilizar veículos com uma cobertura geográfica muito maior do que a sua necessidade, a um custo muitas vezes proibitivo. Se você já tem uma loja de rua, compete com tremenda desvantagem com as lojas de shoppings, que podem fazer o que quiserem com seus letreiros, vitrines, e ainda anunciar dentro das verdadeiras cidades que se tornaram os shoppings centers, que podem investir nos grandes veículos para atrair clientes.

Talvez a soluçao esteja nos velhos pregoeiros. Mas aí eles teriam que brigar com os milhares de ambulantes, com os caminhoes de pamonha, abacaxi e morango. E mesmo assim, nao adiantaria. O prefeito também proibiu isso. Em Sao Paulo, moça bonita nao paga mas também nao leva, feirante nao fala mas também nao vende, e comerciante não anuncia e também nao fatura.

Nunca é demais lembrar que estas proibiçoes nao se restringem ao comércio. Você nao pode ter plástico de sua universidade no carro, ou mesmo aquele adesivo da concessionária - R$ 10 mil de multa. Você nao pode ter nada na sua casa possa ser visto da rua e interpretado como publicidade - R$ 10 mil de multa. Tudo que era legal o prefeito proibiu. Mas tudo que já era ilegal continua. Faixas presas nos postes das esquinas, pais-de-santo prometendo a volta da mulher amada, pichaçoes nos muros, vendedores nos faróis e menores explorados nas ruas.

Mas tem mais - o prefeito também se auto-proclamou o responsável pelo meu, o seu , o nosso bem-estar estético - e os vereadores aprovaram. É sempre oportuno nos lembrarmos de Maiakovky, que já citei aqui, veja abaixo.

Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E nao dizemos nada.
Na segunda noite, já nao se escondem,
pisam as flores, matam nosso cao.
E nao dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.

E porque nao dissemos nada,
já nao podemos dizer nada.

Fonte: BlueBus - Sergio Viriato.

terça-feira, outubro 09, 2007

TV COM DVR

Estreia na 5a comercial da Euro RSCG para a Time Machine, TV da LG que inclui um DVR, digital video recorder. Permite gravar até 33 horas de programaçao e controlar o conteudo ao vivo - pode-se apertar o botao pause para interromper até mesmo um evento. No comercial, as cenas mostram uma arena de volei na praia onde jogadoras e plateia estao esperando alguma coisa que o espectador nao sabe o que é. Quando se ouve um som de latinha sendo aberta, o espectador vê a bola suspensa sobre a rede - o jogo recomeça quando o rapaz volta para o sofá e aciona o controle remoto para tirar do pause.

Clique no nome do post e assista o vídeo.

Fonte: Blue Bus

sexta-feira, outubro 05, 2007

Carrinho de supermercado é balcao movel para demonstrar 1 produto


A Bullet desenvolveu um projeto para demonstrar ao consumidor as qualidades da nova linha de papéis higiênicos Personal Vip, da Santher. Criou um carrinho-demonstraçao, como os de supermercado, com algumas peças acopladas. Permite que a promotora circule livremente pelo ponto-de-venda para abordar os consumidores - ela nao está atrás do convencional balcao estático, que ocupa espaço e nao tem mobilidade. A criaçao é creditada a Cesar Leite, Jairo Gruenberg, Rubens Casanova e Mentor Muniz Neto
Fonte: Blue Bus

sexta-feira, setembro 28, 2007

Comercial Fantástico!

Simplesmente d+! Clique no título deste post pra ver o comercial.

O carro faz manobras incriveis e as ruas se inclinam para ajudar
A Nissan estreou nos EUA campanha para o modelo Rogue - exibiu um filme em intervalo do 1o episodio da nova temporada da serie 'Heroes'. O comercial mostra o carro percorrendo ruas de uma cidade desviando de buracos e sempre seguindo uma linha branca pintada no chao. Em aluguns momentos, para facilitar as manobras do carro, a cidade se inclina para um lado ou para outro. Na verdade, a cidade é um tabuleiro de marble maze, brinquedo que parece um labirinto no qual o jogador controla uma bolinha para que ela nao caia nos buracos. No filme, o carro está no lugar da bolinha ;- ). 28/09 Elisa Araujo
Fonte Blue Bus

quarta-feira, setembro 26, 2007

Até parece que o espelho está saindo da impressora

Até parece que o espelho está saindo da impressora da campanha da HPA açao da HP criada pela Publicis Indonesia colocou impressoras da marca sobre espelhos de banheiros ou outros locais de circulaçao de publico. Sugere que os espelhos estao saindo das impressoras como se fossem folhas de papel. O slogan 'True to Life Colors' (Fiel às cores reais) promove a qualidade da impressao. Dica do Ads of The World. Outras fotos aqui. 26/09 Blue Bus



Genial, não?

Cultura de Comunicação

O Brasil tem grandes canais de televisão, grandes jornais, grandes revistas, grandes agências de publicidade e grandes profissionais.

Também temos grandes anunciantes e grandes campanhas de comunicação. As empresas mais conhecidas do povo brasileiro estão no intervalo da novela das 18, 19, 20, 21 e todos os horários nobres do maiores canais. A Coca-cola, por exemplo, é a marca mais conhecida do mundo! E a empresa, certamente, não chegou a esta posição sem uma visão estratégica de comunicação.

Em oposição a esta parcela de empresas e indivíduos que sustentam uma cultura de comunicação, com visão empreendedora e investidora; estão aqueles que não acreditam no poder da comunicação. Quando ouvem a palavra publicidade, por exemplo, já vão dizendo que não tem dinheiro pra gastar com isso. Quer dizer, não vêem a comunicação como um investimento, mas sim como um gasto.

Talvez porque grande parte das agência queiram vender comerciais em TVs (que geram comissões mais gordas), grandes revistas ou jornais e o cliente não veja o retorno que ele previa. Isso acontece, obviamente. Mas, uma agência de comunicação que trabalha sério pode fazer muito mais por uma empresa: criar uma estratégia de comunicação, através de muita pesquisa e planejamento; descobrir os pontos fortes e fracos, evidenciar o primeiro e tentar solucionar o segundo, melhorar a forma como a empresa é vista pela sociedade.

Isso não quer dizer que toda pequena empresa precise de um anúncio na Veja ou na novela das 8, mas todas precisam ser conhecidas, seja no bairro onde atuam, seja internacionalmente: cada uma com as suas especificidades. Uma agência pode ajudar nesta difícil tarefa de ser vista por muitos com bons olhos!

terça-feira, setembro 25, 2007

Chega de plástico!

Bom, todo mundo sabe quantas sacolinhas de plástico usa por semana, por exemplo: dezenas! É a comprinha do supermercado, a farmácia, aquela loja de roupas, todos os estabelecimentos oferecem as ditas cujas para levarmos pra casa o que compramos.
Acho ótima a idéia das bolsas de pano, a exemplo do que as pessoas fazem em países como a Áustria.
Lá em casa, procuramos fazer a nossa parte, separando o lixo e usando cada vez menos estas sacolinhas, aderindo à moda austríaca.
Leia abaixo: release do Maxpress.


O PLÁSTICO SAIU DE MODA - POR SEBASTIÃO ALMEIDA


O debate em torno do uso das sacolinhas de plástico-filme dos supermercados ganhou força nos últimos meses. O tema despertou o interesse da sociedade, demonstrando que existe interesse da população em adotar novas soluções no combate a essa verdadeira praga que infesta e contamina lixões e aterros sanitários pelo País. Projetos sugerindo a adoção de novas tecnologias para substituir o material utilizado pelos supermercados começaram a surgir em Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. E, acredite se quiser, até a milionária indústria do plástico se comprometeu a buscar soluções para amenizar o impacto desse composto sobre o ambiente.


As propostas variam, de acordo com o freguês. Os mais radicais defendem que o plástico seja simplesmente banido das gôndolas dos supermercados. Acreditam que a adoção dessa medida amenizaria a utilização desse material como depósito de lixo nas residências. Sem dúvida, seria a solução mais eficaz para resolver o problema, embora se apresente como a menos receptível por envolver uma mudança brusca de comportamento das pessoas. Seria um acontecimento sem precedentes no mundo.


Outra solução seria a substituição do plástico atual por compostos oxibiodegradáveis, que aceleram o processo de decomposição através de um aditivo adicionado durante o processo de produção do plástico-filme. Assim, ao invés de demorar centenas de anos para se decompor na Natureza, as sacolinhas desapareceriam em tempo bem menor, que poderia variar de acordo com o desejo do fabricante. Essa experiência já vem sendo adotada por várias redes de supermercado do País e do mundo, embora ainda não conte com o apoio dos governos. Em São Paulo, projeto de lei exigindo a adoção dessa tecnologia foi vetado recentemente pelo governador José Serra.


Para quem ainda está em dúvida sobre a melhor maneira de combater o plástico, surgiram recentemente propostas para incentivar a utilização de sacolas de pano em troca do plástico-filme. Algumas grifes, inclusive, já manifestaram interesse em colocar no mercado modelos que possam atender ao consumidor. Com design moderno, essas bolsas têm tudo para cair no gosto daqueles que se preocupam com a preservação do planeta. Gente bem informada, que sabe o mal que milhões de toneladas de plástico despejadas no ambiente anualmente poderão trazer às gerações futuras.


Quem não gosta nada dessa idéia são os grandes conglomerados que se dedicam a produzir plástico, um negócio que movimenta bilhões de reais. Para não ficar à deriva, essas empresas já se movimentam para produzir compostos mais resistentes, que possam ser reutilizados e que tenham valor de compra. Dessa forma, eles acreditam que poderia haver estímulo maior para que as pessoas se preocupassem com a reciclagem do plástico produzido, como ocorreu com o alumínio e o papelão.


Vou além. Particularmente, acredito que já está na hora de cobrar ações mais concretas dessas empresas. Já que têm interesse em manter a produção do plástico, elas também deveriam se responsabilizar com a coleta do material antes de ele ir parar no lixo doméstico, adotando métodos do que se convencionou chamar de logística reversa. Limpariam, assim, a sujeira que vem despejando no ambiente nas últimas décadas. Acho pouco provável que alguma dessas indústrias adote espontaneamente essa postura. Nesse caso, cabe ao Poder Público a elaboração de leis que possam apontar responsabilidades em torno desse tema de tamanha importância.


Seja qual for a solução, o importante é que as pessoas passaram a pensar duas vezes antes de levar uma sacolinha para casa. Da mesma forma, muitos comerciantes têm questionado o consumidor sobre a necessidade de colocarem a mercadoria nesse plástico. Espero que esse movimento não se restrinja ao calor da hora. Trata-se de uma discussão que está apenas no começo e que pode evoluir se os entes públicos realmente se mobilizarem para coibir a produção irresponsável de plástico-filme, que sai das gôndolas dos supermercados para nossas casas, onde vira depósito de lixo.


* Sebastião Almeida é deputado estadual pelo PT, coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Água e presidente da comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembléia Legislativa de São Paulo. E-mail: gotadagua@sebastiaoalmeidapt.com.br